Por Aline Bronzati, correspondente
Nova York, 23/09/2024 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou há pouco que as conversas de hoje com as agências de classificação de risco foram um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta manhã, ambos conversaram com representantes da S&P Global Ratings e da Moody's em Nova York, em paralelo a compromissos por conta da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU).
"Ele [Lula] quis conversar um pouco com as agências de risco para entender a opinião que estão tendo das políticas implementadas no Brasil, do esforço que estamos fazendo depois de dez anos de rebaixamento, em que as contas públicas foram muito desorganizadas", disse Haddad, a jornalistas.
O ministro contou que Lula o indagou sobre o cronograma para a reaver do selo do grau de investimento, perdido em 2025. "E eu disse para ele que nós aguardávamos uma nova rodada de aumento da nota para o ano que vem."
Haddad afirmou que a decisão de melhora de rating do Brasil cabe às agências, mas que os prognósticos da Fazenda são "muito bons".
"E isso [melhora da nota] nos deixaria, não sei se em todas, mas em pelo menos uma das agências de risco, a um passo do grau de investimentos", projetou Haddad, lembrando que, no início da gestão de Lula, o Brasil estava a três degraus do selo de bom pagador.
Atualmente, o Brasil está a dois patamares de distância de recuperar o selo de bom pagador nas três maiores classificadoras do mundo. Pela Moody's, o rating do País é o Ba2, e a perspectiva da nota foi melhorada de estável para positiva neste ano. Já pela S&P, o Brasil tem BB, com perspectiva estável. Além delas, a Fitch Ratings reafirmou a classificação do Brasil em BB, com perspectiva estável, em junho último.
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