#macro 🇧🇷 IPCA-15 de dezembro
Por Maria Luisa Nepomuceno, equipe Renda Fixa PRO
O IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial no país, apresentou alta de 0,34% em dezembro, abaixo das expectativas do mercado, que esperava uma alta de 0,46%. Os juros futuros curtos apresentaram leve queda após a divulgação, mas retomaram alta em seguida.
No acumulado de 12 meses, o índice atingiu 4,71% ao final de 2024, superando o teto da meta (4,50%), mas apresentando leve desaceleração em relação aos 4,77% do resultado anterior.
Entre os nove grupos pesquisados, cinco registraram aumento em dezembro, com destaque para Alimentação e Bebidas (1,47%), que se manteve como o principal impacto no índice geral, seguido por Despesas Pessoais (1,36%) e Transportes (0,46%). Por outro lado, o maior impacto negativo veio de Habitação, com queda de 1,32%, reflexo da vigência da bandeira verde na conta de energia elétrica em dezembro.
A difusão da inflação, métrica que observa a quantidade de itens que subiram no mês, apresentou uma elevação de 57,49% para 61,85%, conforme esperado pela média histórica.
➡️ Núcleos e Serviços Subjacentes
O grupo de Serviços Subjacentes, o qual considera serviços de menor volatilidade, acelerou de 0,45% em novembro para 0,71% em dezembro, acumulando alta anual de 5,7%.
Os serviços intensivos em trabalho também apresentaram avanço, de 0,33% para 0,56%, alcançando 5,42% em 12 meses.
Já a Média dos Núcleos manteve-se em 0,4%, abaixo da média histórica, mas com variação anual de 4,1%.
➡️ Direto ao Ponto
O IPCA-15 de dezembro trouxe algum alívio ao índice geral, com uma alta menor do que a esperada, apesar das pressões de Alimentos e Bebidas.
Contudo, os números acumulados em 12 meses seguem pressionados, superando o teto da meta, além da nova aceleração mensal em serviços subjacentes e serviços intensivos em trabalho.
O Banco Central iniciará 2025 enfrentando desafios, ressaltando a necessidade de manter um compromisso firme para direcionar a inflação à meta.