#macro 🇧🇷 IPCA-15 de janeiro
Por Maria Luisa Nepomuceno, equipe Renda Fixa PRO
O IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial no país, apresentou alta de 0,11% em janeiro, acima das expectativas do mercado, que esperava uma queda de 0,02%. Os juros futuros apresentaram alta após a divulgação.
No acumulado de 12 meses, o índice atingiu 4,50% (teto da meta), apresentando um recuo em relação aos 4,71% do resultado anterior.
Entre os nove grupos pesquisados, oito registraram aumento em janeiro, permanecendo o destaque para Alimentação e Bebidas (1,06%), seguido por Transportes (1,01%), com alta na passagem aérea e combustíveis.
O único impacto negativo permaneceu do grupo de Habitação, com queda de 3,43%, ainda sob reflexo da vigência da bandeira verde de dezembro e com adição do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas de janeiro.
A difusão da inflação, métrica que observa a quantidade de itens que subiram no mês, apresentou uma elevação de 61,85% para 68,94%, em linha com a média histórica.
➡️ Núcleos e Serviços Subjacentes
O grupo de Serviços Subjacentes, o qual considera serviços de menor volatilidade, acelerou de 0,71% em dezembro para 0,96% em janeiro, acumulando alta anual de 6,0%.
Os serviços intensivos em trabalho também apresentaram avanço, de 0,56% para 0,83%, alcançando 5,69% em 12 meses.
Assim como a Média dos Núcleos, que acelerou de 0,4% para 0,67%, acima da média histórica e alcançando uma variação anual de 4,4%.
➡️ Direto ao Ponto
O primeiro dado de inflação de 2025 sinaliza um início de ano pressionado, com o índice geral superando as expectativas. A alta foi impulsionada por aumentos em diferentes grupos, além de uma aceleração nos serviços subjacentes, nos serviços intensivos em mão de obra e na média dos núcleos de inflação.
Continuaremos monitorando os próximos resultados. Na carta enviada por Galípolo ao presidente do CMN, Fernando Haddad, justificando o descumprimento da meta de inflação de 2024, o Banco Central destacou que, segundo o seu cenário de referência, "a inflação permanecerá acima do limite do intervalo de tolerância até o terceiro trimestre de 2025, entrando posteriormente em trajetória de declínio, mas ainda acima da meta."
Para a reunião da próxima semana, o mercado projeta uma elevação de 1 ponto percentual na taxa Selic, alcançando 13,25% ao ano, conforme já sinalizado pelo Copom.