“Tendo dito isso, ajoelhou-se com todos eles e orou. Todos choraram muito e, abraçando-o, o beijavam.” (Atos 20:36-37 NVI)
Ao final do discurso em Mileto, Paulo e os presbíteros de Éfeso oraram juntos, e depois, demonstraram todo o afeto que nutriam mutuamente. Os presbíteros de Éfeso abraçaram e beijaram Paulo no porto de Mileto, em um lugar público, muito movimentado. Eles não esconderam suas emoções, o contrário, demonstraram seus afetos publicamente.
Esse episódio nos evidência que o amor precisa ser demonstrado e verbalizado. Na era da tecnologia, em tempos de virtualização, nossos afetos não podem ser robotizados. Na era dos relacionamentos virtuais, da extrema exposição de crimes e violência nas mídias, estamos ficando secos como um deserto. Já não conseguimos mais chorar e muitas vezes não conseguimos sequer demonstrar o mínimo de nossas emoções.
O distanciamento social provocado pela pandemia da COVID-19 agravou ainda mais essa situação. Não somos máquinas frias, lógicas e pragmáticas. Somos seres emocionais que precisam expressar as emoções quando necessário. Há momentos em que palavras não são efetivas, pois um abraço caloroso se mostra mais assertivo. Há momentos em que o discurso lógico é inócuo, pois apenas a afirmação do amor bastaria.
Paulo e os presbíteros de Éfeso demonstraram exatamente isso. Lágrimas, abraços, beijos e toda a demonstração de afeto possível. Precisamos aprender a demonstrar nosso apreço pelas pessoas que amamos. Não esconda seus afetos por aqueles que ama. O amor é o elo de perfeição que nos une. Fale do seu amor, abrace e chore, se necessário.
SOLA GRATIA