A democracia pode ser vista sob o prisma da união do barro (Povo) com o ferro (Estado).
Entretanto, eis o ponto que a torna, inevitavelmente, sob domínio da esquerda, uma forja de ditaduras, pois, num primeiro momento, o Estado precisa unir-se para ser legitimado.
Uma vez legitimado, o Estado permanecerá conforme sua essência – imarcescível –, enquanto o barro seguirá perdendo a capacidade de manter-se unido ao ferro, do qual se desprenderá e será pisado, prensado para ser moldado em algo que outra vez possa ser ligado ao ferro.
Desta comparação, surge a reflexão sobre as facilidades da democracia se transformar, tragicamente, em ditadura.
Principalmente quando o Estado, por sua natureza, busca manter seu poder e controle, enquanto o povo (barro) perde sua capacidade de influenciar e moldar o Estado, promovendo o desgaste e a perda da capacidade do povo (barro) de manter-se unido ao Estado, sendo, como já descrito, "pisado" e "prensado" para ser moldado em algo que possa ser novamente ligado ao ferro.
Especialmente pelo processo de manipulação e controle da opinião pública por parte do Estado, visando manter seu poder, um verniz de legitimidade e, consequentemente, uma aparente democracia.
Este ciclo de legitimação forçada, desgaste e remoldagem do povo fatalmente resultará num sistema no qual o Estado se torna cada vez mais autoritário e menos responsivo às necessidades e desejos da população.
Nesse cenário, a democracia se transforma numa ditadura disfarçada, onde o poder está concentrado nas mãos do Estado, e o povo tem pouca ou nenhuma influência real sobre as decisões governamentais, sendo remoldado segundo conveniências daqueles que precisam do barro, agora, apenas para se autoproclamarem salvadores.
Mas o barro, embora permaneça sendo a parte mais frágil, é a única com o poder de legitimar o ferro e dar-lhe a aparência de DEMOCRACIA.