Bom dia, hoje é 13 de novembro e este é o Minuto do Mercado da Agência Safras News
Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em queda. O dia será marcado pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), referente a outubro, nos Estados Unidos. Em setembro, o CPI subiu 0,2% em relação a agosto, mantendo a variação do mês anterior. Em 12 meses, a inflação recuou de 2,5% para 2,4%. O núcleo da inflação, que desconsidera as variações de preços de alimentos e energia, avançou de 0,3% em relação a agosto. Na comparação anual, o núcleo passou de 3,2% para 3,3%. Amanhã será divulgado o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês).
Ontem, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Minneapolis, Neel Kashkari, disse que o Fed pode ter que reconsiderar um novo corte na reunião de dezembro se a inflação "surpreender para cima" no próximo mês. Ele evitou comentar como as políticas econômicas propostas pelo presidente eleito Donald Trump poderiam afetar as expectativas do Fed para uma série de cortes adicionais nas taxas de juros em 2025, destacando que o banco central não pode incorporar mudanças em seus modelos até que as ações sejam implementadas.
Logo após confirmar o corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, afirmou que a atividade econômica continuou a expandir em ritmo sólido, reforçando que apesar de a inflação norte-americana ter caminhado para a meta de 2%, continua em patamares elevados. Segundo ele, o Fed continuará a avaliar os novos dados econômicos que surgirem para tomar suas próximas decisões.
Por aqui, hoje saem os números do setor de Serviços referente a setembro, que deve avançar 0,60% ante agosto. No comparativo com o mesmo período de 2023, é projetado uma alta de 3,10%. As estimativas foram calculadas pelo Termômetro CMA. As previsões de 6 instituições financeiras consultadas para o resultado mensal variam entre +0,20% e +0,80%, com a média das projeções em +0,57%. Na comparação com setembro do ano anterior, as previsões de 7 "casas" consultadas variam entre +1,70% e +3,70% (média em +2,90%).
Em Brasília, o ministro da Defesa, José Múcio, tem um encontro marcado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tarde desta quarta-feira (13), no Palácio do Planalto. A reunião ocorre em meio ao pedido do mandatário para inserir a pasta no esforço para cortar gastos do governo federal, que vem sendo elaborado pela equipe econômica nas últimas semanas. Embora a reunião com Lula não tenha tido uma pauta definida, interlocutores de Múcio afirmam que a agenda em nada tem a ver com corte de gastos. O encontro, segundo apurou a CNN, é para assinar a promoção de oficiais generais, que geralmente acontece nesta época do ano. Além das definições com a Defesa, a equipe econômica também aguarda o aval de Lula para apresentar a proposta aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), antes de divulgar para o público.
O Senado analisa e pode votar hoje o projeto de lei complementar (PLP) 175/2024, que regulamenta o pagamento de emendas parlamentares. Aprovada pela Câmara dos Deputados na semana passada, a matéria estabelece regras de transparência e execução de despesas sugeridas por senadores e deputados no Lei Orçamentária Anual (LOA).
O texto é uma tentativa de resolver o impasse sobre o pagamento das emendas individuais impositivas. Conhecidas como "emendas Pix" ou de transferência especial, elas somam R$ 8 bilhões em 2024. A liberação está suspensa por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que exige regras sobre controle social, transparência, impedimento e rastreabilidade.
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