O sol se insinuava pelas frestas da cortina, tingindo o quarto com tons dourados e suaves. O relógio ainda marcava um horário preguiçoso, daqueles que permitem mais alguns minutos de aconchego.
Ana foi a primeira a acordar. Antes de abrir os olhos completamente, sentiu o calor do corpo de Gabriel ao seu lado. Ele dormia tranquilo, com a respiração ritmada e um leve sorriso nos lábios. Ela se virou devagar, apoiando o rosto na mão e deixando os olhos passearem pelo rosto dele. Como podia alguém ser tão bonito mesmo dormindo?
Não resistindo à vontade de provocá-lo, ela se aproximou e roçou os lábios na ponta do nariz dele, depois na testa, espalhando beijos suaves como plumas. Gabriel resmungou baixinho, puxando o edredom sobre a cabeça.
— Hm… só mais cinco minutos… — murmurou, com a voz rouca de sono.
Ana riu e, sem aviso, deslizou os dedos pela cintura dele, fazendo cócegas. Gabriel se contorceu, rindo contra a vontade, tentando segurá-la pelos pulsos.
— Você é terrível! — exclamou entre risadas, virando-se para prendê-la sob seu corpo.
Agora era ele quem espalhava beijos no pescoço dela, enquanto ela se debatia, gargalhando. A manhã preguiçosa virou um redemoinho de risos e carícias, com os dois rolando pela cama entre beijos roubados e juras de amor sussurradas entre um suspiro e outro.
— Vamos levantar? — Ana sugeriu, ainda tentando recuperar o fôlego.
— Só se for para preparar o melhor café da manhã do mundo.
— Então precisamos de panquecas — ela declarou.
— Com muita calda de chocolate! — ele completou.
Os dois saíram da cama de mãos dadas, os pés descalços deslizando pelo chão frio até a cozinha.