09 de Novembro de 2024
Leitura do dia:
Lucas 3 ao 5
E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens (3:52 ARA).
Apareceu João Batista pregando o batismo de arrependimento para remissão de pecados. Então veio Jesus para ser batizado. Só Lucas nos conta que ao ser todo o povo batizado, também o foi Jesus; e estando ele a orar, o céu se abriu. Ele está ligado a todo o povo. Ele desceu ao nível do ser humano. Mateus e Marcos registram o batismo de Jesus, mas João o omite, porque ele é visto como Filho Unigênito de Deus. Só Lucas nos dá a idade com que nosso Senhor iniciou seu ministério Público.
Jesus tinha cerca de trinta anos de idade quando começou seu ministério. Ele era considerado filho de José, filho de Eli.
Lucas 3:23
Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão, e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo diabo.
Lucas 4:1,2 (ARA)
Só em Lucas somos informados de que o Salvador estava cheio do Espírito Santo ao voltar do seu batismo. Só Lucas menciona que Jesus, no poder do Espírito, regressou para Galileia, mostrando que a velha serpente fracassara por completo em tentar cortar a comunhão do Filho do homem na terra com seu Pai no céu.
Assim como Jesus saiu do fogo da provação no poder inquebrantável do espírito, também nós podemos fazê-lo. É só quando estamos cheios do Espírito que podemos vencer a tentação pelo poder do Espírito.
O propósito da tentação não foi descobrir se Jesus cederia ou não a Satanás, mas demonstrar que ele não podia ceder; mostrar que não havia nada nele para que Satanás pudesse apelar. Cristo podia ser provado. Quanto mais se esmaga uma rosa, mas se sente a sua fragrância. Assim, quanto mais Satanás assaltava Cristo, mais se revelava sua perfeição.
Depois da tentação, Jesus, indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler (Lucas 4:16 ARA).
Jesus aqui declara que Deus o havia ungido para pregar libertação aos cativos, e pregar boas novas aos pobres e oprimidos. Ele escolheu um texto de Isaías 61:2, que anunciava o objetivo da sua missão na terra. Ele foi comissionado e enviado por Deus e divinamente qualificado para a sua obra. Ele é nosso Redentor. Ele se fez semelhante a nós para nos libertar. Tornou-se homem a fim de nos levar para perto de Deus.
Uma das técnicas literárias de Lucas era contar a sua história através de esboços de indivíduos. Aqui ele retratou o chamado dos discípulos de Cristo concentrando-se em Pedro, o principal discípulo.
A história é rica em inspiração psicológica. Jesus agiu de uma maneira que Pedro entendeu como miraculosa. Embora o que Jesus fez tenha sido para o benefício de Pedro, Pedro, de repente foi tomado por uma sensação de culpa, e rogou a Jesus que fosse embora. Como Adão e Eva no jardim, a primeira reação de Pedro, quando se tornou ciente de que estava na presença do Senhor, foi fugir. Jesus, porém, não se incomodou. Ele tinha vindo para encontrar pecadores exatamente como Pedro e para transformá-los em “pescadores de homens”.
Alguns não cristãos, mas nem todos, se sentiram como Pedro, incomodados com pensamento de estar na presença de Deus. Nós devemos tranquilizá-los. Jesus não está preocupado em ser contaminado por pecadores. Ele veio para salvar pecadores, e tem o poder espiritual necessário para tornar bom até mesmo o mais ímpio dos homens.
Ceres Silva