Benndorf News - Brasil 🇧🇷 - Copom acelera ritmo e sinaliza Selic em 14,25%
No fim da tarde de ontem, o Copom acelerou novamente o ritmo do aperto monetário e promoveu um ajuste de 1 p.p. na taxa básica de juros nacional, maior do que os 0,75 p.p. esperados pelo mercado, e que levou a mesma para 12,25% a.a.
De acordo com o comunicado disponibilizado pela autoridade monetária, o cenário externo permanece desafiador, influenciado principalmente pela economia dos EUA, com incertezas sobre desaceleração, desinflação e postura do FED. Já os bancos centrais globais seguem focados em atingir metas de inflação, apesar das pressões nos mercados de trabalho. Nessa conjuntura os países emergentes devem exercer maior cautela.
Internamente, a atividade econômica e o mercado de trabalho continuam surpreendendo com dinamismo maior do que o esperado, com destaque para o PIB do 3T, que revelou aumento do hiato do produto. A inflação geral e subjacente permanecem acima da meta e registram elevação nas medidas mais recentes.
No mais, o Comitê avalia que o cenário atual é menos incerto, porém mais adverso, com balanço de riscos inflacionários assimétrico para alta, sendo os riscos de alta: desancoragem prolongada das expectativas de inflação, resiliência maior na inflação de serviços e persistência de uma taxa de câmbio depreciada. Entre os riscos de baixa estão: desaceleração global mais acentuada e efeitos mais fortes do aperto monetário sobre a desinflação.
O Copom ainda ressaltou que o anúncio fiscal recente afetou, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio, contribuindo para uma dinâmica inflacionária mais adversa.
Diante do cenário atual, a autarquia avaliou que há necessidade de uma política monetária mais contracionista e optou por realizar o ajuste de 1 p.p. na taxa Selic, elevando a mesma para 12,25% a.a. Além disso, o Copom também sinalizou dois ajustes de mesma magnitude para as duas próximas reuniões.
A última reunião do ano e também última de Campos Neto como presidente do BC marca a forte contração da política monetária para tentar conter a retomada da inflação e a desancoragem das expectativas em meio aos crescentes questionamentos sobre o comprometimento do governo com a situação fiscal do país. A sinalização de dois ajustes de 1 p.p. nas próximas duas reuniões também é uma clara blindagem a Galípolo, que assumirá a presidência da autarquia em 2025 já será pressionado a manter os juros altos e terá que entregar uma carta ao Congresso explicando o porquê da inflação ter ficado fora do intervalo da meta em 2024. Dito isso, reforçamos a expectativa de um cenário de desaceleração econômica em 2025 focado principalmente nos segmentos cíclicos e elásticos a juros.
No fim da tarde de ontem, o Copom acelerou novamente o ritmo do aperto monetário e promoveu um ajuste de 1 p.p. na taxa básica de juros nacional, maior do que os 0,75 p.p. esperados pelo mercado, e que levou a mesma para 12,25% a.a.
De acordo com o comunicado disponibilizado pela autoridade monetária, o cenário externo permanece desafiador, influenciado principalmente pela economia dos EUA, com incertezas sobre desaceleração, desinflação e postura do FED. Já os bancos centrais globais seguem focados em atingir metas de inflação, apesar das pressões nos mercados de trabalho. Nessa conjuntura os países emergentes devem exercer maior cautela.
Internamente, a atividade econômica e o mercado de trabalho continuam surpreendendo com dinamismo maior do que o esperado, com destaque para o PIB do 3T, que revelou aumento do hiato do produto. A inflação geral e subjacente permanecem acima da meta e registram elevação nas medidas mais recentes.
No mais, o Comitê avalia que o cenário atual é menos incerto, porém mais adverso, com balanço de riscos inflacionários assimétrico para alta, sendo os riscos de alta: desancoragem prolongada das expectativas de inflação, resiliência maior na inflação de serviços e persistência de uma taxa de câmbio depreciada. Entre os riscos de baixa estão: desaceleração global mais acentuada e efeitos mais fortes do aperto monetário sobre a desinflação.
O Copom ainda ressaltou que o anúncio fiscal recente afetou, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio, contribuindo para uma dinâmica inflacionária mais adversa.
Diante do cenário atual, a autarquia avaliou que há necessidade de uma política monetária mais contracionista e optou por realizar o ajuste de 1 p.p. na taxa Selic, elevando a mesma para 12,25% a.a. Além disso, o Copom também sinalizou dois ajustes de mesma magnitude para as duas próximas reuniões.
A última reunião do ano e também última de Campos Neto como presidente do BC marca a forte contração da política monetária para tentar conter a retomada da inflação e a desancoragem das expectativas em meio aos crescentes questionamentos sobre o comprometimento do governo com a situação fiscal do país. A sinalização de dois ajustes de 1 p.p. nas próximas duas reuniões também é uma clara blindagem a Galípolo, que assumirá a presidência da autarquia em 2025 já será pressionado a manter os juros altos e terá que entregar uma carta ao Congresso explicando o porquê da inflação ter ficado fora do intervalo da meta em 2024. Dito isso, reforçamos a expectativa de um cenário de desaceleração econômica em 2025 focado principalmente nos segmentos cíclicos e elásticos a juros.